A morte de Luana Andrade, influenciadora e assistente de palco do "Domingo Legal", aos 29 anos por conta de complicações em uma lipoaspiração no joelho comoveu famosos e levantou nas redes sociais o debate sobre corpo perfeito e busca excessiva por padrões.
O empresário de Lu contou que a jovem havia passado, no mesmo dia, por uma série de operações plásticas. "Ela estava fazendo um procedimento estético, uma lipo na coxa. Fez abdômen e ia fazer perna. Na gordurinha do joelho foi onde aconteceu a fatalidade", disse Marcos Moraes à colunista Fábia de Oliveira.
O Purepeople conversou com o médico cirurgião plástico Jairo Casali, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), sobre o procedimento.
"A lipoaspiração é a cirurgia plástica mais realizada no mundo atualmente, segundo estatísticas da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). Essa região específica do joelho só será procurada por pacientes que tenham insatisfação com a área. Em geral, as queixas se concentram em mais de uma área", indicou.
O cirurgião também aponta que essa lipoaspiração é buscada até por pessoas que estão dentro dos padrões. "Essa área costuma ser lipoaspirada quando há acúmulo de gordura na face interna do joelho. Em muitos casos, é uma gordura presente mesmo em pacientes magros", indica.
"Não há como negar a forte influência e pressão do mundo virtual nos padrões que alguns pacientes buscam. A rede social é um campo de muita comparação", analisa o médico, que faz a ressalva: "as motivações para uma cirurgia plástica devem ser muito genuínas, próprias da paciente".
O cirurgião aponta ainda que a região do corpo não é um agravante, mas que toda cirurgia pode representar riscos para a paciente, sendo necessário analisar cada caso com exames pré-operatórios. "É preciso saber detalhes para comentar uma ocorrência médica como essa, mas, de forma geral, é muito importante salientar que qualquer procedimento cirúrgico tem alguns riscos inerentes, sendo os tromboembolismos um dos principais. Um grande número de outros procedimentos e situações clínicas podem causar embolias ou aumentar o risco de tê-las", orienta.
"Acrescento a importância de realizar os exames pré-operatórios laboratoriais e cardiológicos, informar à equipe médica sobre uso de medicações e pesquisar sobre todos os profissionais envolvidos nas etapas do procedimento", finaliza Dr. Jairo.